sexta-feira, 24 de agosto de 2012




CARTA DE AUTORIZAÇÃO

 



                            Eu, ..................................... inscrito no CPF sob o nº .............................e no RG nº ..........................., residente e domiciliado à (endereço), autorizo o Sr. (nome Do acadêmico) inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG nº (informar), a usar as informações declaradas nesta entrevistas para uso de publicação em livros  que será para fins de estudo do Curso de História da Uniasselvi, com Polo em Itapiranga.

 

 

 

                                        Itapiranga, (dia) de (mês) de (ano).

 

 

 

 

                                                      Assinatura)
                                                      (nome)





                                                                    Obs: Se necessário, reconhecer firma.

HISTÓRIA ORAL -

 

 

Como fazer uma entrevista?

A pesquisa histórica não se baseia apenas em documentos escritos ou imagens, mas também na narração de fatos por parte das pessoas que presenciaram ou que têm maior conhecimento dos mesmos. Neste caso, outra ferramenta pode ser utilizada pelo pesquisador para adquirir novas informações acerca do objeto de estudo. Trata-se da entrevista, um recurso da História Oral.
Na História Oral pode-se fazer duas divisões em se tratando de relatos, segundo o historiador Gwyn Prins: "Existe uma tradição Oral - a qual representa um 'testemunho oral transmitido de uma geração para a seguinte ou as demais' -; Existe também um Remeniscência Pessoal: Evidência oral específica das experiências de vida do informante" (Wikipedia, 2007).
Segundo Olga Rodrigues de Moraes von Simson, do Centro de Memória da Unicamp, a História Oral "possibilita que indivíduos pertencentes a categorias sociais geralmente excluídas da história oficial possam ser ouvidos - deixando registradas para análises futuras sua própria visão de mundo e aquela do grupo social ao qual pertencem". Apesar de ser um método prático e cada vez mais usado, a entrevista apresenta algumas deficiências, mas que podem, de certa forma, serem superadas: "o entrevistado pode ter uma falha de memória, pode criar uma trajetória artificial, se auto-celebrar, fantasiar, omitir ou mesmo mentir.
O que poderia ser percebido como um problema, acaba se transformando em um recurso, uma vez que o próprio entrevistador, no ato de produção da narrativa histórica, não deixa de produzir uma versão do que entendeu ter acontecido. Mesmo quando o pesquisador tenha certeza de que o entrevistado esteja mentindo conscientemente, cabe a ele, entrevistador, tentar entender as razões da 'mentira', ou seja, quais os motivos que estão levando a pessoa a mentir, podendo ser aplicado o mesmo no caso da ilusão biográfica, quando o indivíduo faz uma produção artificial de si mesmo. No caso de esquecimento, para ajudar suprir essa falha, podem-se usar os chamados 'apoios de memória', como fotografias, objetos e outras coisas que possam ajudar o entrevistado a se recordar melhor dos fatos em pesquisa". (op. cit.).
Se formos analisar a credibilidade dos recursos de pesquisa histórica, sejam documentos ou oralidade, iremos nos deparar sempre com a interpretação ou a crítica pessoal de quem o fez, cabendo ao pesquisador/entrevistador saber aproveitar as informações que lhe convém e criar suas próprias considerações. "[...] nenhum documento pode nos dizer mais do que aquilo que o autor pensava – o que ele pensava que havia acontecido, queria que os outros pensassem que ele pensava, ou mesmo apenas o que ele próprio pensava pensar. Nada disso significa alguma coisa, até que o historiador trabalhe sobre esse material e decifre-o", é o que comenta Edward Hallet Carr, citado no site Wikipedia.
A entrevista possibilita um contato direto com o "ator/autor" da História. Esse envolvimento pode resultar num trabalho dinâmico, abrangente e até mais realista, traz
endo, assim, o passado para o presente.
Agora, vejamos os passos básicos para realizar uma boa entrevista:

COMO FAZER UMA ENTREVISTA

1. Preparar antes da entrevista um roteiro com alguns dos assun­tos importantes a abordar. Ao partir para a entrevista, é fun­damental saber o que vamos perguntar.
2. Conversar com o entrevistado sobre nossos objetivos e descobrir se realmente deseja colaborar conosco. Não se obriga ninguém a ser entrevistado.
3. Escolher local e hora apropriados, para que a entrevista se dê sem interrupções. Num ambiente ou momento onde entrevista­do ou entrevistador estejam com pressa torna-se impossível a realização da entrevista.
4. Em lugar de apenas anotar o que o entrevistado diz, é melhor e mais adequado, se possível, levar um gravador para ficar tudo registrado, de tal forma que não se perca parte alguma daquilo que o entrevistado disse.
5. A entrevista não deve ser interrogatório e sim diálogo.
6. O entrevistador deve respeitar as opiniões do entrevistado, mesmo quando não concordar com elas.
7. O entrevistador deve dar oportunidade para que o entrevistado fale tudo o que desejar, no tempo que quiser.
8. Nunca fazer nova pergunta enquanto o entrevistado ainda não tiver terminado de expor seu pensamento em relação à pergun­ta anterior. Não interromper desnecessariamente a fala do outro.
Dê essas dicas ao seu aluno.
REFERÊNCIAS

SIMSON, Olga Rodrigues de Moraes von. O que é História Oral. Disponível em:
www.centrodememoria.unicamp.br/laho/index.htm. Acesso em 23 mai 2007.

WIKIPEDIA. História Oral. Disponível em:
Escrito por:      MARILEI LURDES GIACOMINI SIQUEIRA - 24/08/2012 14:37
Categoria(s): Sem Categoria